quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O que a cidade se tornou.

Progresso e ordem,
ou desordem e regresso.
Nos chamamos de evoluídos.
Então por que o mundo é poluídos.

Compra-se um vida

"É por isso que não exijo ser igual aos melhores, apenas melhor que os maus."
Sêneca, Da felicidade

Compra-se um vida


Prédios privados valorosos.
Policiais a defende-los orgulhosos.

Concreto e ferro valioso.
Vidas em promoção.
Livre hipócritas criminosos.
Derruba-se pessoas como postes.

Faz-se casas e lotes,
sobre sonhos humanos.
Virtude represada durante anos.

Compra-se vidas perdidas,
vidas sofridas;
e não ouvidas.

Diga-me o preço do homem.
Cada um se colocou a venda.
Junto de materiais em uma tenda.
Vende-se vidas humanas, 
para proteger imóveis a venda.

A quarta guerra esta na porta.
Só você não vê,
pois não passa na TV.

Agora tudo é capital.
O que um dia nos ajudou.
Até agora só escravizou.

Lutar contra não é revolta.
É sim uma reação,
a qual não tem volta.
Menos lucro, mais humanização.

Oi, amigo

- Esse escritor é muito bom, você são lê ele?
- Sobre o que escreve?
- Sobre a vida dele.
- Não gostei. Vou esperar se tornar um clássico.
- Como assim?clássico?
- Sim só quando virar póstuma sua obra.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O professor e o operário

Greve de ambas profissões:
o operário e o professor.
Tendo pouco dinheiro,
mas muita dor.
Esse trabalhador é professor.

O operário fica o ferro a fundir:
metal, cobalto e aço a unir.
Em peças que para si não vai.
O capital é lucro e renda.
O homem esta  a venda 
como mercadoria entenda.

Dinheiro salgado.
De um suor danado.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Larguei

Deixei de ler este poeta,
pois não fala de amor.
Seus versos são de dor.
Ao meu ver ele é um pateta.

Cadê a paixão, o amor
e demais termos poéticos.
Todas as palavras bonitas.
Ricas em vocábulos e polidos.
Esse tema me irrita.

Cala-te excomungado,
coxo, energúmeno e rubro.
Que com palavras sua ignorância cubro.
Mas caso prefira alfafa e feno.

Leia outros com vidas floridas.
Aqui escrevo sobre vidas sofridas.
Seja na cidade, sociedade,
no campo e na comunidade.

Leia romances ao excomungado.
E de seus representantes seja gado;
aqui não.

A falta

O que realmente falta nos indivíduos?
Uma ausência de algo existe.
Que nos faz mostrar o que não somos.
Ás vezes até o que fomos.
Só temos o que esta em alta.
A sombra do passado persiste.

Sem hora colocamos,
o que supostamente amamos.

O passado vive a nos assombrar.
Todos a vitória tentam relembrar.
Será por uma falta de sentimento.
Contemplamos uma vida se movimento.

Tudo se confundiu no ser humano:
Amor virou paixão,
Pena agora é compaixão,
Esmola hoje é reduzir o dano,
Honestidade é agora tolice,
Ser coitado atualmente é humildade.

Essa gente errou todos os significados.
Agora conta os números antes do valor dado.

Solene soneto

Um soneto livre.
Que nasce, morre e vive.
Sílabas salgadas,
desengonçadas e faladas.

Versos quasímodos,
sem métrica e sem modos.
Abafados sentimentos,
expressos em letras sofre sofrimento.

Soneto sofrido,
sentido e oprimido.
Hediondo e truculento.
Faz-se soneto pelo sofrimento
mais que lento.

É como chuva no sertão.
Mais castiga que ajuda,
fazendo erosão. 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Reflexão


A pouco encontrei um colega do colégio, atualmente estamos na faculdade. Ele estava feliz por isso, entretanto me lembrei da falta de cortesia, virtude e bom senso dele.
Isso me fez pensar; não em como ele entrou em uma faculdade, mas sim o fato dele se um "cretino"(aqui desculpe a expressão).
Como sou educado não uso palavras mais fortes. Falei pouco e respondi menos ainda, afinal não erramos amigos. Disse-lhe adeus, assim partiu o ônibus. Refleti sobre isso tudo e cheguei a uma conclusão – um cretino é sempre um cretino- o que importa que esteja em uma faculdade agora é um cretino acadêmico.

Marilha escrevi um poema

Escrevi-o para ti Marilha.
Porque nenhum homem é uma ilha.
Escuta-o Marilha.

"Só tua luz me comove.
Sem tua ternura nada move.
Você tem vida e ternura,
tudo em você mais dura.

Seus lábios são cândidos.
Cativos e cedidos,
Ao amor por ti sentido.
Oh, Marilha bela e esbelta.

Fica-te comigo por esta vida.
Terminamos ela em muita paixão."

Ao que Marilha respondeu:
"- lindo o soneto, e o dom que Deus te deu."
Virei o rosto um momento.
E ela colocou fora e rasgou o soneto.

Desde aquele dia nunca escrevi mais para ela.
Por que ela rasgou a mim, não apenas o papel.
"- Marilha é pouco mais que uma viela,

hoje é uma cadela."

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O sapato de Hermes

Olho em uma vitrine:
Um sapato para meu pés cansados.
O preço é nada de amado.

Por este dinheiro teria que me fazer voar.
Entre o trabalho e o lar.
Melhor é não comprar...

Acidente literária

Poema sem gosto ou desgosto.
Versos cor ou reflexo.
Poesia sem nexo.
Escrita de esgoto com desgosto.

Escreveu-se a vida inteira.
Palavras caseiras.
De poeta de besteiras.

Aí, como é o vaso chinês.
O muro da rua que fez?
Morreu em circunstância esquisita.
Sem nenhuma visita.

Aclamou-se poeta o defunto.
Que comia sobra e presunto.

Não interessa a merda que fez.
O importante é que partiu de uma vez.
Ficou famoso e levou esse vaso chinês.

Porto Alegre é uma festa

Ora, se Paris pode ser ; 
por que Porto Alegre não pode.

A cidade é uma festa.
No domingo nada presta.
Lixo ao público resta.
A paciência nos testa.

As feições são piores que estrume.
Isso tudo na festa,
a qual a inteligência não empresta.
Violência e espada em gume.

Nos sábados tem boate.
De povo sem vintém, nem iate.
Fome e miséria de irmão;
E todo mundo lava a mão.
-"Não sei, não é comigo; não."

Famintos e tristonhos.
Seres que se perdem em sonhos,
de uma cama quente,
compreensão e sem sor de dente.

Tudo com dinheiro da gente,
o qual no poder tão demente;
não há nem nos crentes.

O domingo é uma festa,
que só para trepar presta;
porque dignidade não resta.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Sem desespero

Ás vezes observamos conteúdos, os quais não conseguimos entender e compreender. Nos irritamos tocando o livro ou caderno longe, como crianças mimadas choramos e esperneamos frente ao que não compreendemos. Os professores somente catalizam essa reação, colocando pressão sobre seus alunos. O ensino virou um aprenda, aprenda, aprenda... a força nas escolas, universidades etc., é colocado garganta abaixo o conteúdo ainda inteiro.
Assim formamos péssimos profissionais e também odiadores de disciplinas com uma série de procedimentos estáticos; os quais no primeiro obstaculo iram parar.
Aprenda agora o que você é capaz, depois entenda o motivo que aprendeu, e como; mas não procure compreender que você não esta preparado primeiro amadureça. A conhecimentos  que só florescem com a idade, assim como a prudência. 

Todos querem viver um romance

Primeiro ao escrever se deve ter algo a relatar. Alguma historia, relato ou anedota. Se nada há para contar, não se deve escrever; pois po...