Arte
Nem tudo é arte, entretanto deve-se procurar o que é ela. Esta
falta de significado a coloca como essência, ou seja, só ela explica a si
mesma.
Em um mundo onde a força é idolatrada a arte perde seu espaço aos
poucos, pois é vista pelos leigos como frágil e instável. O homem acha uma
barra de ferro mais forte que um cristal de diamante, todavia esquece que o
cristal de diamante pode riscar o ferro. A arte consiste nisso parecer frágil,
mas ser capaz de trespassar a alma do ser humano.
Ela serve para você e eu... brasileiros, cubanos e demais nações
livres ou presas a um regime de governo. Esse que os cidadãos sustentam através
de trabalho é suor; sendo que o papel dele era proteger a liberdade do povo e
não aprisioná-lo como ocorre em muitos países.
A arte serve para todos acorrentados a uma situação onde sem voz
ou força devemos expressar-nos. Ela não é frágil nem quem a faz é; quem a faz é
livre apenas ou luta por liberdade. Ela é o vento da liberdade e como o vento
barreiras são inúteis.
Um átomo
Quando separado um átomo e apenas isso; mas junto um átomo faz uma
célula, uma célula faz um tecido, um tecido faz um órgão, um órgão faz um ser humano,
um ser humano faz uma sociedade e ela faz parte do mundo que pertence ao
universo. Portanto um átomo sozinho e apenas ele mesmo, mas dentro de um
sistema ele desempenha uma função importante.
Dúvida
Toda ideia é clara até que as nuvens da dúvida a escureça.
Nunca
Nunca pensei em ficar aqui, tão pouco atrás destas grades que me
prendem; sonho em ser livre. Nunca me imaginei aqui muito menos preso desta
forma L-I-B-E-R-D-A-D-E uma machadada de letras pelas quais lutamos. Ser
emancipado não é apenas o direito de ir e vim consiste também em ficar onde
nossa alma deseja; é fazer a realidade atingir nossa imaginação.
Nunca é tempo demais para mim se era para ficar preso aqui por que
nasci. Sendo eu um pássaro que anseia pelo voo, mas que não aprendeu a planar.
Agora preso em sonhos e utopias se soubesse que eles são âncoras não os teria
amarado em meu corpo.
Liberdade
É palavra que desejo.
É uma vida que não vejo.
Escravidão sobre mim;
Não deveria ser assim.
Criei meus próprios pesadelos,
e os escondo para não vê-los.
Homem sobre homem,
Hoje sobre ontem.
Escravo de meus irmãos.
“não quero mais esse grilhão!"
Ao longo
Ao longo dos parâmetros de vida seguimos com frustrações e
duvidas. E o ser humano nesta vida vai encontrando o seu papel na sociedade;
relativo ao jeito do individuo de reagir com duvidas e frustrações.
Sobrevivo?
Será um tempo que vivo?
Não, aqui só sobrevivo.
Através de ruas desertas.
Em estradas incertas.
Tento agora sobreviver,
Não preciso viver.
Entre culpados e inocentes;
Nas noites frias sem gente.
Sem lugar quente.
A sós sigo em frente.
Picadinho de carne
A sempre algo nele de macabro.
Com suas partes dilaceradas.
Tendo um molho vermelho encima.
Que seja de tomate a colherada.
Existe um apetite que não abro.
Jardim de estátuas
Olhando de cima em um prédio.
Dá um tédio.
Por que as pessoas não andam.
Caminham... Caminham.
Mas nada de chegar onde querer.
Por isso uma cidade.
Não vejo novidade.
Falta movimento.
Um museu de estátuas,
Sem movimento... Sem rendimento.
Aço ou chumbo
Run now, run quickly.
Escolha: aço ou
chumbo?
Do lado legal é chumbo;
Do lado ilegal é aço.
O certo é que temos que escolher.
Ninguém leva os dois.
Viver é sobreviver,
Para escolher.
"algumas pessoas tem o poder de amar"1
Outras de armar.
Somos todos cidadãos de coragem.
O que muda é o jeito que reagimos
Não o que vimos ou sentimos,
Mas que reagimos.
Criança selvagem
Crescendo entre animais.
Tornou-se uma criança da selva.
Como um leopardo na relva.
Uma criança sem amor humano.
Fez-se fera também.
Assim é o mundo,
Se seu coração é de carne hoje;
Amanhã ele vira de aço.
Mascarado
Feriram-me tanto que me esqueci de viver.
A falsidade começou a pedir ouro em vez de vencer.
Comecei a sobreviver.
Em um tempo que deveria viver.
Além, esqueci-me de ver.
Pedi ouro para curar minhas feridas.
Enchi-me de dinheiro.
Fingindo estar bem.
Assim forjei essa mascara de ouro.
Abaixo só chagas no couro.
Frankenstein
·
Esta
terrível é o pior que já ouvi. Além de erros de gramática e amadora.
·
Mas...
a mim pareceu tão perfeito.
·
Ora,
quando criaram o Frankenstein, seu criador o achou bem feito.
Reli o poema
e não é que estava horrível.
Pensei ter
criado uma divindade.
Na verdade
criei uma monstruosidade.
Que terrível.
Fingir
Um risco do poeta.
E errar na prosa.
Deste poema.
Caso ocorra vou fingir uma correta prosa.
E encenando vou poema abaixo.
Chega! Para-me!
Pare de ser alguém que não sou.
De olhar aonde não vou.
Um risco de viver só.
Para fingir ser algo que não sou.
Para não parecer perdido.
Quero parecer desentendido.
Livros
Não são eles que contam historias, mas sim quem os lê.
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