terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O homem que comprou o rio

Há muito tempo existia um homem chamado Augusto de Nogueira, não era uma pessoa má. Ele veio morar no alto em um planalto, não sabendo aonde tinham vendido a terra essa trabalhador se deslocou até o local para ver sua propriedade.
Ao chegar lá ele olhou um rio atravessando sua terra. Feliz, pensou vou represá-lo para ter dinheiro. Deixou os tratores e uma empresa trabalhar em sua terra, entretanto embaixo da sua propriedade existia uma vila que dependia da pesca e caça para sobreviver. Um dia chegou um emissário da vila pedindo para parar essa obra que estava prejudicando a subsistência dos moradores. Augusto não deu ouvidos e mandou o homem embora.
Terminando a obra a construtora foi embora e lá ficou Augusto de "dono" da represas e terra, embaixo na vila só tinha caça, pesca não havia ,porque nenhum peixe passaria pelo filete de água que corria da represa. A fome se agravou na vila, muitos cogitavam a ideia de matar o "dono" da represa. Imagine ele vivendo em um casarão e os outros naquela pobreza, mas nisso o homem mais velho da vila falou "não, ninguém matará esse homem; quando ele mexeu com nos tudo bem, mas agora a conta dele será com a natureza". Em tom profético ele disse "será dela a vingança", e assim que iria ocorrer.
Um dia as comportas da represa emperraram e a noite a água engoliu tudo que era dele, plantação, casa e uma parte do bosque; foram ocupados enquanto ele dormia. Não aguentando mais o concreto da represa foi rachando e parafusos por parafuso foi saindo. Até ela ser posta abaixo pelo rio, a noite os moradores da vila viram o barulho correram para ver o que se tratava e lá aonde um filete de água passava; começou a passar a água do rio feroz e rápida. Como se toda raiva disso ela quisesse descontar em alguém.
É o velho ainda disse "o rio não quis ser represado". Do Augusto nunca mais foi visto, nem a sua casa; parece que isso o rio reclamou para si.

O poeta da sextilha

Rima aqui,
contrai ali;
destrói aí.

Na poesia já morreu todo mundo.
No entanto continua no mundo.
Os eruditos a escrever sem fundo.
- mas que fim de mundo.

Nem tudo são flores

Que passa na vida...
os amores.
Do que enfeitam ela...
de flores.
De que cheiro elas são...
de bom odores.

Mas se hoje é assim.
Amanhã pode não ser? sim.

Por que vive-se de flores,
amores e bom odores.
Colhe no fim dores.

Pois a vida são ardores,
Portanto é para corajosos.
Não para amorosos,
mas sim para os sem medo...
de dores.

Todos querem viver um romance

Primeiro ao escrever se deve ter algo a relatar. Alguma historia, relato ou anedota. Se nada há para contar, não se deve escrever; pois po...