segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Sem rumo




Sem destino, nenhum lugar a ir.
Sobrevoei alto, além das nuvens.
Como Ícaro aproximei-me do sol.
Queria para sempre partir.

Eu voei...
Eu sobrevoei na penumbra.
Com um espírito livre.
Eu voei...

Uma légua da partida.
Duas léguas da partida.
Menos uma légua para chegada.
Menos duas léguas para chega.

Tempo tempestuoso.
Pouca vida, muita água.
Baixa de conhecidos.
Passei voando.

Eu voei...
Tão perto do céu, cada vez mais longe do chão.
Dilatam-se os pulmões.
Fui além das confusões.
Sem olhar para as complicações, eu voei...

Deixei a fenda de partida.
Fechei a porta de partida.
Além das precipitações de água.
Alta altitude, baixa respiração.
Uma alma obstinada a voar.
Uma alma destinada a cair

Mas agora voarei para longe sem rumo.
Através da porta dos tempos.
Cortar leste e oeste.
Eu voei...
Eu voarei...
Um dia cairei...

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