segunda-feira, 10 de junho de 2013

Alcatroz - Uma estória de amor

Minha mãe contou esta história;
não é verdadeira a retórica,
mas sabe o que é verdade?
Nem eu sei, tinha vinte anos de idade.

Alberto Carlos Fatroz,
uma imigração o trouxe.
A terra natal ficou para trás.
Era um alemão-judeu, 
fugiu foi o que houve.

O caso é que ele gostava de sua esposa.
Eles tinham uma boa vida.
Mas ela era como raposa;
gostava de homens, era mulher da vida.

Então certo dia ela fugiu,
com um estancieiro de gramado.
O esposo ficou muito chateado.
Ele se escondeu, então ninguém o viu.

Mas sabe como é,
a gente cai, mas não perde a fé.
Ele tinha que sair um dia,
pois precisava de comida.

Decidiu ir embora da cidade;
com o resto de dignidade.

Nessa época na fronteira.
Havia um bando de contrabandistas.
Eles se escondiam em um morro;
aonde uma estrada cortava a beira dele.

Ele reuniu homens corajosos,
também alguns perigosos.
Sem perspectiva na luta.
E triste com a esposa prostituta.

Eles marcharam para a estrada,
a qual ficava no morro.
Marchando para a cruzada.
Iria lutar, mesmo a custa do "coro".

Escondeu-se na beirada
da estrada.
Matou todos os contrabandistas.
Até a próxima noitada.

Vieram mais,
e cada vez mais.
Dia após dia.
Noite após noite.

Ele defendia a estrada;
com precárias condições.
Pouca munição e muita explosões;
como arma havia pedrada.

Perdeu muitos soldados seu.
Ao céu Deus deu, 
e ao relento morreu.

Sem dúvida eles morreram.
Acabada a munição e armas.
Acabou o porquê sofreram.

Jaziam mortos na fronteira.
Rasgada estava a bandeira.
Sua esposa certo nunca mais viu.
Aquela que um dia fugiu.

Entretanto ele conquistou o respeito.
De bravura, por seu feito.
Apesar dos defeitos.
Capitão de ataque foi eleito.

Mesmo que uma pessoa não o ame.
Você pode conquistar o respeito;
das demais.

Acho que foi isso que minha mãe contou-la
para mim.
Uma amor pode mudar muito além,
mas uma desilusão também.


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